Descubra o que os líderes educacionais de hoje na região APAC aprenderam sobre a colaboração com estudantes e partes interessadas.
- 01 Tecnologia baseada na nuvem impulsionando a colaboração na educação - Jumplink to Tecnologia baseada na nuvem impulsionando a colaboração na educação
- 02 A colaboração entre pai e professor é fundamental - Jumplink to A colaboração entre pai e professor é fundamental
- 03 A colaboração entre professores melhora a qualidade da aula - Jumplink to A colaboração entre professores melhora a qualidade da aula
- 04 Colaboração global expande oportunidades educacionais - Jumplink to Colaboração global expande oportunidades educacionais
- 05 É preciso uma aldeia inteira - Jumplink to É preciso uma aldeia inteira
A pandemia mudou o mundo de inúmeras formas. No setor educacional, ela abriu as portas para uma transformação digital que o setor como um todo vinha adiando há anos.
Entre janeiro e março de 2022, a IBRS conduziu uma série de entrevistas de estudo de caso com instituições primárias, secundárias e terciárias da região ANZ e ASEAN para obter um entendimento mais profundo do efeito da pandemia na educação. Embora tenham figurado diversos problemas e ideias no levantamento, o aumento da colaboração foi um tema-chave ao longo de todo o processo.
Parece que, embora a pandemia tenha nos forçado a adotar soluções corretivas de curto prazo para o fornecimento das aulas, ela também alterou todo o cenário educacional em um nível mais profundo. A pandemia acelerou a adoção da tecnologia, o que mudou a forma como educadores, pais e estudantes abordam o processo de aprendizagem.
A importância da relação lar e escola é bem conhecida. Durante os lockdowns, a função dos pais na educação tornou-se um dos fatores mais importantes no ensino básico. Pais assumiram a função de auxiliares de classe não remunerados, muitas vezes, ao mesmo tempo em que tentavam desempenhar seu ganha-pão.
Algumas escolas usaram esse período como uma oportunidade para instruir os pais por meio dos programas de suporte on-line, promovendo práticas educacionais saudáveis e encontros por videochamada para tirar dúvidas. Em geral, essas escolas investiram em seu sistema de gestão da aprendizagem (LMS) e em plataformas de colaboração para se engajarem com os pais. O desafio não era a tecnologia ou os canais de comunicação, mas desenvolver conteúdos e programas que atendessem às necessidades de pais ocupados e estressados.
O resultado dessa conectividade forçada entre lar e escola foi um aumento significativo no engajamento entre pais e professores. Esse engajamento parece ter sobrevivido ao fim dos lockdowns, ainda que possa se modificar com o tempo. A lição aqui é que as escolas ganharam uma janela de oportunidade para definir novas expectativas e padrões em relação ao papel dos pais na educação dos filhos.
Sabe aquele ditado segundo o qual é preciso uma aldeia inteira para ensinar uma criança? É isso… Precisamos implantar mecanismos de feedback com pais, estudantes e comunidade acadêmica.
Joseph Ray Garrido, La Salle Green Hills
Um dos poucos benefícios dos eventos de 2020-21 foi a rápida atualização de plataformas de colaboração por educadores, não só para se engajarem com estudantes remotamente, mas cada vez mais para se engajarem com seus colegas no compartilhamento de melhores práticas e na criação de conteúdo de aprendizagem. Isso marca uma mudança na relação entre colegas na educação. O uso por educadores das soluções de gerenciamento de aprendizado amadureceu de forma significativa. Uma quantidade significativa de conteúdo analógico de aprendizagem foi rapidamente digitalizada em soluções de gerenciamento de aprendizagem, mas também compartilhada e revisada entre pares.
O processo de revisão por pares, embora em geral informal em muitas instituições, tende a ser incorporado a operações futuras. Ao permitir o constante compartilhamento de ideias e instigar debates sobre melhores práticas, a colaboração fortalece a aderência a estruturas de aprendizado e pedagogia, enquanto também economiza recursos para os professores.
Essa evolução no desenvolvimento de conteúdo resultará em conteúdo educacional granular e porcionado capaz de ser reutilizado em vários currículos e atualizado com frequência. Repartir o conteúdo de aprendizagem em itens menores com enfoque singular é altamente atraente para estudantes secundários e terciários, pois permite-lhes escolher aquilo com que se identificam mais em determinado ponto de sua jornada educacional. Em suma, possibilita o verdadeiro aprendizado dirigido pelo estudante.
Os lockdowns demonstraram que estudantes e professores podem gerar bons resultados em encontros remotos. Embora muita atenção tenha sido dada à aprendizagem remota, algumas instituições passaram a reconhecer que o ensino remoto pode viabilizar a expansão de suas ofertas educacionais, melhorando a qualidade de professores por meio de especialização ou mesmo atraindo professores para o ensino remoto.
Graças à potência da tecnologia, um professor com conhecimento de nicho ou especializado pode se conectar a estudantes de qualquer parte do mundo, não importa se os estudantes estarão em sala de aula ou estudando remotamente.
Agora eu posso trazer todos os especialistas em tecnologia, saúde pública, marketing e propaganda e música diretamente para o ambiente escolar por meio de vídeo. Antes, era muito difícil e caro trazer especialistas e profissionais à escola para ajudarem os estudantes a decidirem suas áreas de interesse e carreiras. Agora, com a nova economia e expectativas, podemos aproveitar melhor. Por exemplo, recentemente lançamos um curso de computação quântica e tivemos mais de 30 estudantes matriculados. Isso não teria sido possível antes.
Joseph Ray Garrido, La Salle Green Hills
O ensino remoto também elimina diversos desafios logísticos e tem o potencial de reduzir disparidades geográficas da educação no futuro.
A contratação de determinados profissionais especializados na Austrália regional é bastante desafiadora. O ensino remoto pode ajudar a aliviar essa falta de professores. Atualmente, temos professores lecionando no sul e no oeste da Austrália, mas desafios relacionados ao registro estadual e o ensino remoto podem revolucionar essa política. Do ponto de vista técnico, poderíamos ter professores lecionando para qualquer parte do país ou até do mundo.
Carolyn Rhodes, OneSchool Global
Embora já estivesse amplamente disponível antes da pandemia, o rápido avanço do uso da tecnologia digital entre instituições de ensino abriu as portas para a colaboração extensiva. Quando bem utilizada, a colaboração nacional ou até global pode reduzir custos, economizar tempo, melhorar resultados e reduzir a desigualdade educacional. Portanto, sejam pais, professores, estudantes, administradores, elaboradores de currículo ou legisladores, todas as partes interessadas agora têm a capacidade e a responsabilidade de abraçar as oportunidades geradas pela revolução digital em andamento.
Embora patrocinada pelo Zoom, a pesquisa da IBRS foi conduzida de forma independente e não tem foco nas soluções do Zoom. Para ler o relatório da IBRS na íntegra, clique aqui.