Work Transformation Summit: como integrar a IA com sucesso

Tem havido muita discussão sobre inteligência artificial (IA) e como ela está moldando a forma como trabalhamos e nos comunicamos. Cada nova onda de mudanças na IA pode parecer assustadora, mas, em vez de nos deixarmos levar pelas manchetes sobre as possibilidades da IA, devemos nos concentrar na realidade da IA na qual vivemos e trabalhamos diariamente. A IA pode ser um ótimo equalizador quando usada em todo o seu potencial, permitindo que as principais ideias brilhem para fazer mudanças reais em todos os setores. 

Durante o Work Transformation Summit, em janeiro de 2025, reunimos especialistas do setor e líderes de opinião para discutir e compartilhar exemplos reais de como a IA está transformando nosso mundo atual em que os aplicativos nos ajudam a fazer coisas em outro no qual a IA age em nosso nome. 

Aqui estão algumas das nossas conclusões favoritas.

Mike Walsh, autor e futurista, iniciou nosso evento compartilhando suas ideias sobre como a IA está remodelando as empresas, os setores e o trabalho em si. Em sua opinião, o foco da inovação agora está passando da IA generativa para a IA Autônoma. À medida que nos aproximamos de 2035, ele descreveu três grandes mudanças: de produtos para plataformas, de transações para experiências e de aplicativos para agentes. Sua visão é que, para ter sucesso nesse novo mundo, os futuros líderes devem combinar uma compreensão profunda da complexidade humana com o pensamento computacional para navegar pela transformação da IA. Walsh sugeriu que as empresas façam o seguinte:

• Ao automatizar, melhore. Em vez de reduzir a equipe, as empresas devem se concentrar em reciclar e aprimorar talentos para serem mais valiosos com as novas ferramentas de IA.
• Não trabalhe, projete o trabalho. Concentre-se na metacognição e no pensamento sobre como melhorar os processos de trabalho, em vez de apenas fazer o trabalho às cegas.
• Encontre seu alfa. Identifique suas vantagens competitivas exclusivas que vêm das suas perspectivas e experiências singulares e, em seguida, combine-as com a IA para se tornar uma força avassaladora. 

Assista à palestra de Mike aqui e, para mais informações, confira outros vídeos dele em seu canal do YouTube.

Na sessão seguinte, Aparna Bawa, diretora de operações da Zoom, foi a anfitriã de uma discussão sobre as etapas práticas para implementar a IA. Ela conversou com Necole Jackson-DeJoie, diretora executiva global e líder do portfólio de produtos do Boston Consulting Group, e com Craig Williams, diretor de informações digitais da Ciena.

Tanto o Boston Consulting Group quanto a Ciena reconheceram as possibilidades transformadoras da IA generativa desde o início e tomaram ações estratégicas para integrá-la em suas operações. Em vez de reagir negativamente à chegada dessa tecnologia inovadora, o BCG e a Ciena adotaram abordagens inovadoras para se manterem à frente da concorrência. Necole e Craig compartilharam ideias sobre como suas organizações se prepararam, desenvolveram e implementaram iniciativas baseadas na IA generativa para seus funcionários e clientes. Aqui estão alguns dos principais conselhos:

1. Comece com um processo. Configure grupos de trabalho de IA com equipes de segurança, proteção de dados, jurídica e de IA responsável. Antes de fazer qualquer outra coisa, você precisará ter políticas e diretrizes em vigor.
2. Ter o talento certo é fundamental. As organizações se beneficiam do fato de terem uma equipe dedicada para monitorar as tendências do mercado e a evolução da IA generativa. Essa equipe deve projetar modelos operacionais que equilibrem capacitação com salvaguardas, maximizando o valor e impulsionando a inovação. Eles também podem identificar e desenvolver casos de uso que transformam os fluxos de trabalho e aproveitam ao máximo essas ferramentas.
3. Foque em “como” antes de focar em “o quê”. No começo, será sobre o aprendizado e a experimentação. Entenda onde suas equipes ficam estagnadas e crie programas piloto para testar diferentes ferramentas. Crie uma “caixa” de ferramentas de IA aprovadas que as pessoas podem usar.
4. Ajude todos a se sentirem confortáveis. Ofereça treinamento, incentive pessoas animadas com a experiência em tecnologia a ajudar e equilibre o que os líderes acham que as pessoas precisam com o que as pessoas dizem que precisam.
5. Faça com que seja aceita. Comece com as ferramentas SaaS existentes que estão prontas para uso. Incentive as pessoas a experimentar ferramentas aprovadas e acompanhar como elas estão ajudando (como economizar tempo ou melhorar o trabalho). Converse com as pessoas para entender como as coisas estão indo e o que pode ser melhorado.

Necole e Craig compartilharam alguns dos sucessos que eles atribuem à sua implementação da IA generativa:

• No Boston Consulting Group, eles estrearam várias ferramentas desenvolvidas por SaaS e BCG, incluindo:
• Navi (desenvolvida pelo BCG), um chatbot de IA generativa que simplifica pesquisas, propostas e trabalhos de caso usando a base de conhecimento do BCG, o que economizou ao Boston Consulting Group até 5500 horas totais por semana.
• Deckster (desenvolvida pelo BCG), uma ferramenta que automatiza a criação de slides em minutos, aumentando a produtividade e permitindo maior foco na estratégia e no valor do cliente.
• Na Ciena, eles:
• Notaram uma redução de 70% nos chamados.
• Estão avaliando e priorizando mais de 250 ideias de IA.
• Melhoraram a forma de enviar solicitações de propostas (RFP) e usaram seus conhecimentos para mudar os envios futuros.

Na sessão seguinte, Amy Roberge, chefe de engenharia global de soluções de central de contato da Zoom, foi a anfitriã de uma discussão que contou com Pascal Bornet, especialista em inteligência artificial e automação, e Anthony Abbatiello, CEO, consultor e líder da prática de transformação da força de trabalho da PwC.

Eles discutiram como implementar a IA com sucesso, mantendo o elemento humano, que faz uma organização funcionar. Fazer isso corretamente exige equilíbrio, automatizando tarefas rotineiras ou repetitivas e preservando os elementos humanos, como empatia ou criatividade. Aqui estão algumas etapas práticas para alcançar esse equilíbrio em sua organização e, ao mesmo tempo, aproveitar ao máximo a IA generativa.

• Estabeleça a adesão da liderança. Organize uma mesa redonda executiva para alinhar os objetivos da IA, aproveitando estudos de caso ou resultados de testes piloto para demonstrar valor. Dê sequência com um e-mail ou vídeo em que o CEO destaca o impacto positivo da IA na produtividade, na tomada de decisões e na satisfação do cliente.
• Promova uma cultura de confiança. Conduza uma reunião geral para abordar as preocupações dos funcionários sobre a IA e crie um hub de recursos do tipo, "A IA e eu", com perguntas frequentes, histórias de sucesso e vídeos que enfatizam como a IA aumenta, e não substitui, as contribuições humanas.
• Crie programas de treinamento contínuos e adaptáveis. Desenvolva programas de treinamento que evoluem com as tecnologias de IA, com foco em aplicativos do mundo real. Incorpore oportunidades de aprendizado prático, como "prompting parties" para dar aos funcionários uma experiência prática.
• Equilibre a inovação com a conexão humana. Use a IA para aprimorar as experiências do cliente e, ao mesmo tempo, preservar os pontos de contato humanos. Posicione a IA como colaboradora, em vez de substituta, para seu ativo mais valioso: seus funcionários.

Não precisa haver uma troca entre a humanidade e a tecnologia na implementação da IA. É possível manter a privacidade e a segurança da sua organização ao desenvolver ferramentas para seus funcionários e clientes. Saiba mais sobre o que Zoom pensa sobre o futuro da IA, das comunicações e do trabalho. 

Assista ao evento completo aqui.